Orgulho!

Orgulho!

domingo, 14 de novembro de 2010

"HOTEL DO COMMERCIO - ESTABELECIMENTO DE PRIMEIRA ORDEM DO GENERO"

"LOCALISADO NO PONTO MAIS ACESSÍVEL DA CIDADE, DISTANTE APENAS MEIA QUADRA DA ESTAÇÃO DA V. FERREA"



"Possúe uma lavanderia modêlo"



Proprietário: Cícero Teixeira

Hotel do Comércio
Vista atual
Foto: verão 2009/2010




Hotel do Comércio, em primeiro plano à direita
Imagem clicada provavelmente do alto do Banco do Estado do Rio Grande do Sul com vista para a av. Presidente Vargas
Foto: cortesia Museu Municipal Patrono Edyr Lima



Fonte: Cachoeira Histórica e Informativa
1940
Vitorino & Manuel de Carvalho Portela


Foto: cortesia Museu Municipal Patrono Edyr Lima
Álbum da Corsan, 1924

Vista do Hotel do Comércio a partir da rua Sete de Setembro. Ao fundo o banco Banrisul, um pouco mais adiante, à direita a ex-sede do Unibanco com possibilidade de ser restaurado e bem mais ao fundo a saudosa Estação Ferroviária, demolida em 1975.
A parte do prédio do Hotel que chegava até a esquina não existe mais.
Segundo depoimento de Dóris Gressler, era nessa parte que funcionava o restaurante.
Hoje encontra-se no local um posto de gasolina.




"Ruínas" do Hotel do Comércio vistas a partir do cruzamento da av. Presidente Vargas e rua Marechal Floriano

O Hotel do Comércio, um dos mais importantes e glamurosos da nossa cidade, hospedou pessoas ilustres como em 1916, o Príncipe dos Poetas, Olavo Bilac que esteve em Cachoeira do Sul promovendo a Liga de Defesa Nacional.
Na Festa do Trigo de 1956, segundo Eduardo Minssen, o prefeito era Arnoldo Paulo Fürstenau e, como "dono da casa", hospedou Juscelino Kubitschek.



Estiveram em nossa cidade o presidente Juscelino Kubitschek e seu vice, João Goulart em 1956, para prestigiar a FESTA NACIONAL DO TRIGO (2O a 22 de novembro). Para JK, foi construída (?) na residência do prefeito, segundo depoimento de Ione Carlos, uma suíte com banheiro especialmente para o presidente.
A antiga morada do ex-prefeito fica(va) do lado da casa da professora de Inglês Iza Ivi Gressler, na rua Comendador Fontoura.




Não havia mais lugares na morada de Fürstenau e, "obviamente", o vice Jango e o resto da comitiva ficaram no Hotel do Comércio, ainda segundo Eduardo Minssen.

Apenas para desenferrujar um naco de uma página da história, por muito pouco, Juscelino não toma posse se não houvesse acontecido o levante militar coordenado pelo Ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott.
Eleito com 36% dos votos (em uma aliança PSD-PTB e com o apoio do Partido Comunista), sua eleição foi contestada pela UDN (União Democrática Nacional) de Carlos Lacerda, alegando que JK não havia sido eleito pela maioria do eleitorado.
JK pelo PSD, Partido Social Democrático e Jango pelo PTB, Partido Trabalhista Brasileiro assumem em 31 de janeiro de 1956 para um mandato que duraria até 1961.



"Cosinha de 1ª"
Beleza e glamour


"Completo serviço de cópa"
Foto: cortesia Museu Municipal



"Estabelecimento de primeira ordem no genero, dispondo de acomodações confortaveis e higiênicas"
Foto: cortesia Museu Municipal


Quantas pessoas sabem quando por esta calçada transitam, que ao lado dela havia um dos mais requintados hotéis de Cachoeira?
E por que não sabem?



Para onde está fugindo nossa história?


O prédio, além de encolher, está em assombrosa decadência.


Coberta com delicados detalhes neoclássicos, está em ruínas ... E bem no centro da cidade. ...




Mas o que é isto?
Diagnóstico: fratura exposta.


Vai ficar assim?
Vai.


Hoje, 15 de novembro de 2010, numa matéria publicada no Jornal do Povo, intitulada "Cachoeira quer ser cidade modelo" consta um item "Para saber mais". Nele há um mapeamento de Cachoeira: vantagens competitivas, fraquezas, oportunidades - forças externas e ameaças - obstáculos externos.
No item oportunidades - forças externas, a última linha diz POSSIBILIDADES TURÍSTICAS ...
Penso que Cachoeira perdeu o bonde desta história.



O passado da cidade, com exceções, está a-r-r-u-i-n-a-d-o.



FOTO: cortesia Museu Municipal Patrono Edyr Lima
Antigo Hotel América, onde hoje está a sede atual do Banco do Brasil, agência Sete de Setembro.



Imagem escaneada do livro:
Cachoeira Histórica e Informativa
1940
Vitorino & Manuel de Carvalho Portela


Importante observar que tanto na propaganda do Hotel Savoia quanto do Hotel do Comércio, o CHAMARISCO era a proximidade do hotel da Estação Ferroviária - meia quadra, uma quadra ...

Existe um filme quardado na Secretaria do Áudiovisual/Minc, Rio de Janeiro com duração de 12 minutos sobre a Festa Nacional do Trigo.
Assim como recentemente foi resgatada uma filmagem de 1941 sobre a Festa do Arroz feita pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) de Getúlio Vargas, por Eduardo Minssen (será apresentado e comentado ao público no dia 26 de novembro, na Casa de Cultura Paulo Salzano Vieira da Cunha), existe a possibilidade de se conseguir uma cópia desta filmagem, da Festa Nacional do Trigo de 1956.


7 comentários:

  1. Renate, quando eu era guri lá nos anos 70 passava na frente do predio no final da tarde e via a saída de muito morcegos que naquela época moravam no prédio já bem castigado pelo abandono, só imagino agora passado tantos anos, realmente um desrespeito com o patrimônio histórico da cidade.
    Gostei muito do teu site e tenho lido e acopanhado ele, vou divulgar ele no meu site se tu permitir.

    Abraço

    ResponderExcluir
  2. Oi Renato!
    Agradeço teu incentivo. Podes divulgar, sim.
    É bom que mais cachoeirenses leiam e se sensibilizem com a nossa encruzilhada patrimonial.
    Abraços!

    ResponderExcluir
  3. Está lá se quiser conferir tem que se cadastrar e o link para o post é este.
    http://www.motoseviagens.com.br/phpBB3/viewtopic.php?f=11&t=3808&start=0

    Abraços

    ResponderExcluir
  4. Rodrigo Sanmartin Carlos - rscarlos@gmail.com17 de novembro de 2010 às 00:03

    Oi, Professora!
    Pode me informar seu e-mail, por favor?
    Obrigado.
    Rodrigo

    ResponderExcluir
  5. Em baixo do Hotel América que ficava aonde hoje é o banco do Brasil, existia um bar em meados de 1958 a 1968, chamado "Ciganinha" que era de Emílio Büller e Paulina Paim Büller, meu tius avós, o bar ficou muito conhecido pelos pasteis e pelos sonhos que eram servidos. A receita do sonho é uma receita de familia que vem com a nossa familia a anos.
    Ass. Jonatha Husek.

    ResponderExcluir
  6. oi renate to no seu blog to achando super legal vou montar um blog tambem,guardo reportagen do jornal do povo para te mostrar a partir de agora todo dia vou visitar seu blog ainda nao botei foto mas eu ainda vou botar

    TIARLES BRUM SOARES

    T:53

    ResponderExcluir