Orgulho!

Orgulho!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

RS reforça combate à escravidão

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Como fiscal do trabalho rural há 15 anos, a coordenadora do projeto Rural no RS, Inez Rospide, esclarece: por lei, a jornada de trabalho é de até 44 horas semanais, com no máximo 2 horas extras por dia. Um trabalho é degradante quando o trabalhador não tem seus direitos essenciais respeitados. Jornadas de 14 horas são proibidas. "Se há necessidade de mais trabalho, é preciso mais vagas. Pode-se trabalhar a lavoura por 24 horas, mas com gente contratada para cada turno com intervalo legal." Inez lembra que o acusado tem seu direito de defesa assegurado, e a definição de trabalho escravo também foi estabelecida. "É quando se está sujeito a uma jornada exaustiva de trabalho, à restrição de locomoção e a condições degradantes. A tipificação está no artigo 149 da Constituição."
Crédito da foto: Ministério do Trabalho

Fiscais flagram Brasil colonial
O trabalho escravo existe no Rio Grande do Sul e carrega características de um Brasil colonial escravocrata. Assim como em outros estados, aqui eles lidam com atividades primárias, como colheita de batata e feijão ou extração de pinus e acácia. Pelo Brasil, a "Lista Suja" também mostra escravos intimamente ligados a atividades rurais como criação de bovinos ou no cultivo de cana-de-açúcar.
"No interior do país, é onde não há grandes ofertas de emprego. Eles trabalham no que aparece. São amealhados pela figura do gato, a pessoa que vai buscar empregados na cidade. A forma de contratação é a mais diversa possível, mas eles acabam colocados em locais de difícil acesso e ficam dependentes do contratante para tudo. Uma coisa muito palpável nos resgates e constatar que eles dependem do chefe para sair dali", conta Inez Rospide, coordenadora da fiscalização do trabalho rural no Rio Grande do Sul, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho.
De maio de 2005 até o final de 2011, o Estado resgatou 145 pessoas do trabalho escravo. Entre as histórias, casos de trabalhadores em extração de madeira para fabricação de dormentes, da extração de tanino das acácias, plantação de melancias, ou batatas, em cenários semelhantes.
São pessoas que dormem em acampamentos de lonas, usam a água de um córrego próximo, fazem as necessidades básicas no "matinho". Grande maioria cumpre jornadas de trabalho de sol a sol. A comida fica numa sacolinha na árvore. Esses trabalhadores devem o que usam, não têm sábado nem domingo livres.

Correio do Povo, 27 de maio de 2012

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A VERDADE DA COMISSÃO

Hélio Schwartsman 
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O mandato conferido pela lei 12.528, que criou a comissão, é amplo demais - abarca todas as "graves violações de direitos humanos" praticadas entre 1946 e 88 - e o tempo para concluí-lo - dois - , muito curto. A ênfase, portanto, deve recair sobre os crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985). Aqui, é preciso, antes de mais nada, afastar a ideia de que as partes devem ser igualadas. Embora os militares gostem de dizer que tratavam uma guerra contra grupos que pretendiam instalar uma ditadura comunista, a situação não chegou nem perto da de um conflito civil em que os dois lados se enfrentavam em igualdade de condições. ainda que parte dos esquerdistas tenha pego em armas, eles eram, sob o prisma da lei, criminosos comuns protegidos pelas garantias fundamentais declaradas nas Constituições de 1946 e, depois, de 1967 - nenhuma das quais autoriza TORTURA ou EXECUÇÕES SUMÁRIAS.

Pág. 2 (fragmento)

Os militares e os policiais envolvidos na repressão, na qualidade de servidores públicos, tinham o DEVER de RESPEITAR os DIREITOS dos PRESOS e assegurar-lhes a INTEGRIDADE FÍSICA. O que se constata, porém, é que houve uma verdadeira POLÍTICA de ESTADO de VIOLAÇÃO desses DIREITOS!
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Jornal impresso Folha de São Paulo 
Quarta-feira, 16 de maio de 2012

PETER, PAUL AND MARY, 500 MILES


Capa do contudente e inesquecível documentário de Peter Davis sobre a Guerra do Vietnã (1965-1975)


Esta bela e triste canção, quando a ouço, cala no fundo da minha alma (não sei existe alma). É uma emocionante melodia, letra e interpretação que compõem a trilha sonora do documentário de Peter Davis, Corações e Mentes. Michael Moore tem neste registro documental o maior referencial do seu prestigiado (e corajoso trabalho).

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cucurrucucu Paloma interpretado por Caetano Veloso

Para amenizar o final do dia, esta emocionante interpretação do Caetano no filme do Almodóvar, 
"Fale com Ela" ...



Buenas noches!
Gute Nacht, alles Gute!
Boa noite!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Livro questiona a mitificação de Zumbi

Treze de maio ou 20 de novembro? That is the question! 

A foto abaixo é cachoeirense. 
A senhora e seus filhos viveram nesta terra, nestas condições, bem debaixo dos nossos olhos.

 
 Fototeca: Museu Municipal Patrono Edyr Lima

SOBRE O LIVRO "TRÊS VEZES ZUMBI"

"Para os autores, feriado da Consciência Negra (20 de novembro), celebrado no dia da morte do quilombola, esvazia 13 de Maio"

A história absolveu Zumbi. Mais que isso, deu-lhe um lugar de destaque no panteão nacional: 315 anos depois da queda de Palmares, aniquilado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, o herói negro dá nome a tudo, de universidade a banda de rock.
O dia de sua morte, 20 de novembro, é um feriado cada vez mais celebrado --o dia da consciência negra vem contribuindo para o "esvaziamento" do 13 de maio (Abolição) e sua protagonista branca, a princesa Isabel.

 
Em abril, o Supremo Tribunal Federal referendou as cotas raciais nas universidades, uma vitória inequívoca dos movimentos que têm em Zumbi o seu mártir.
A unanimidade do mito, porém, é bastante recente. E, como mostram os autores do recém-lançado "TRÊS VEZES ZUMBI", os historiadores Jean Marcel Carvalho França e Ricardo Alexandre Ferreira, as feições do herói mudam conforme as conveniências ideológicas de cada geração.

 
 Jean Marcel e Renato


Ao mostrar como uns e outros "construíram" seus próprios Zumbis, eles lançam uma fagulha de provocação às vésperas do 13 de Maio. Ou, como disse Ferreira à Folha, põem "uma pulga atrás da orelha" do leitor dos livros de história, para não comprar o que lê pelo valor de face.

 
 Princesa Isabel e seu marido, o Conde D'Eu rodeados de netos. Dizem que D. Pedro II mais vivia na Europa do que no Brasil, sempre "se instruindo" ...


Na tese dos autores, a "canonização" recente do líder quilombola, que o transformou num porta-bandeira dos oprimidos, é uma "construção" histórica. A ausência de dados biográficos sobre um homem cuja existência deixou poucas pistas facilitou a inclusão de capítulos fantasiosos na narrativa.
 

Mais pop do que nunca na era Lula, Zumbi tem figurino apropriado para o momento político --daí, talvez, o interesse recente em sua figura. "É um outro Brasil que está contando o seu passado, inventando o seu passado", disse França à Folha. "A elite branca tradicional de Higienópolis já inventou o seu passado há muito tempo. Já tem a mitologia."
Como exemplo da conversão de Zumbi em ícone de todo tipo de minorias, França e Teixeira citam a tese de Luiz Mott, do Grupo Gay da Bahia, que retratou Zumbi como homossexual.
Esse "anacronismo", escrevem os autores, "faria um historiador como Lucien Febvre revirar no túmulo".
Mott disse à Folha que não teve "o beneficio da dúvida" e que os autores "nem desconstruíram sequer uma das cinco pistas" apresentadas por ele de que Zumbi seria gay. Não há, diz, "nenhuma prova de que o mitológico líder quilombola era heterossexual". O antropólogo diz que França e Teixeira estão "dominados pela ideologia heteronormativa".

ESQUERDA

O elo com a causa gay, mostram eles, vem de uma "construção" mais ampla: no século 20, sua rebeldia vinha a calhar como herói romântico da esquerda. França e Teixeira criticam o messianismo de autores como Décio Freitas e Joel Rufino dos Santos, que fixaram a atual "perspectiva verdadeira" de Zumbi.
Historiadores ligados ao movimento negro também são questionados. França e Teixeira recriminam o endosso de Flávio dos Santos Gomes a passagens fantasiosas escritas por Freitas, baseadas "em supostas cartas que só ele [Freitas] leu", como aquela que descreveria a infância de Zumbi como coroinha.
O líder imantado pela esquerda é o terceiro dos três anunciados no título. Antes dele, vêm o dos séculos 17 e 18, ameaça ao empreendimento colonial português, e o do século 19, providencialmente posto de lado pelos bem-pensantes na construção da identidade nacional.

 
O mesmo poderia ser feito com outros heróis. Para França, temos fascínio por figuras "desviantes", como Zumbi ou Tiradentes, e relegamos figuras "da ordem", como a princesa Isabel. "Não sabemos fazer uma história da norma."

Para a historiadora, professora titular da USP e autora de "As Barbas do Imperador" e "O Sol do Brasil", entre outros, diz: ""Três vezes Zumbi provoca o leitor, mostrando como o exercício da história é sobretudo construção social. 

Fonte: Folha Ilustrada, 8 de maio de 2012
Paulo Werneck
Editor da Ilustríssima

Belíssima fotografia!


Vamos perguntar às pessoas das imagens abaixo que vivem em regime de escravidão contemporânea, se: 
* interessa a elas saber se Zumbi era gay ou hetero;
* interessa saber se ele é ícone pop;
* se sabem a diferença entre quilombo e quilombola!





É preciso no entanto, ler o livro para saber se há dentro dele mais farofa ou mais churrasco.
De qualquer forma, ele é barato e fiquei curiosa para ler. Darei a sugestão à Biblioteca Pública João Minssen para uma possível aquisição.




MADRUGADA NA ALDEIA

 
Rua João Carlos Gaspary, 6 h e 30 min da manhã
Cachoeira do Sul
Foto: RESA
 
Madrugada na Aldeia, 19.05.2012
Cecília Meireles
Madrugada na aldeia nevosa,
com as glicínias escorrendo orvalho,
os figos prateados de orvalho,
as uvas multiplicadas em orvalho,
as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores,
encostado às paredes grossas,
de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono:
poderosos animais benfazejos, encarnados e negros.
Antes que um sol luarento
dissolva as frias vidraças,
e o calor da cozinha perfume a casa
com a lembrança das árvores ardendo,
a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima,
e o pescador oferece aos recém-acordados
os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.

Poesia enviada por Cícero Aguiar

quarta-feira, 16 de maio de 2012

MALAGUEÑA SALEROSA (DO FILME KILL BILL)

Quentin Tarantino faz filmes sui generis com trilhas sonoras memoráveis. Gosto muito desta interpretação da belíssima canção mexicana, Malagueña Salerosa. Ela é, diria, "cool"!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

PRÓXIMA PARADA: ESTAÇÃO CASA DE CULTURA DE CACHOEIRA DO SUL

PRÓXIMA PARADA!
Rua 7 de Setembro, 1121
Hall de entrada da Casa de Cultura de Cachoeira do Sul
Data: 16 de maio de 2012
Horário: 16 horas
 Abertura da exposição: "Estação Ferroviária - marco de transformação urbana"
Mostra organizada por Claiton Fernando Nazar em parceria com o Núcleo de Cultura de Cachoeira do Sul


Imagem: Banco de Dados do Museu Municipal de Cachoeira do Sul

Segundo depoimento da professora e diretora do Núcleo de Cultura,  Mirian Ritzel, a professora do "orfeão (canto coral)" do Instituto de Educação João Neves da Fontoura, Dinah Neri Pereira, costumava viajar com os seus pupilos de trem para as apresentações em outras cidades.
Esta é um foto rara!

SECA GRAVE AVANÇA PELO RIO JACUÍ!






A seca avança pelo nosso rio desde outubro de 2011!
Der Fluss Jacuí trocknet seit Oktober!

Crédito das imagens: Claudete Poetter, Jornal do Povo, Robispierre Giuliani, Vinicius Severo


sexta-feira, 11 de maio de 2012

CAETANO VELOSO E LILA DOWNS - BURN IT BLUE

Música e interpretação maravilhosas.
Bonita, tocante e inesquecível!
Música final do filme "Frida".

Lila Downs aparece várias vezes no decorrer da película.

AS MÃES QUE PARTIRAM ...

O Eduardo Florence diz que “elas podem estar em algum lugar deste universo falando em alemão, Renate, dizendo que somos meio loucos e sorrindo”. 

A Mirian Ritzel me conta: “como somos órfãs, sabemos o quanto dói” ... 

Os sentimentos de cada um de nós são tão particulares ... 

E eu tento entender por que algumas mamães vão para outra dimensão cedo demais ...


 

Existem mães
Flocos de saudade
Sons de lembrança
Corpo de paz
Cabelos de anjo.
O tempo não desfaz
O tempo volta atrás
O tempo ama
Com o amor sem drama
Existem mães,
Mães que partiram
Existem filhos
Que sempre as amaram
Amor de partida
Amor eterno.

Foto e texto: Renate Elisabeth Schmidt deAguiar

Como se chama esta flor/cactus?

Foi o presente do meu jardim pelo Dia das Mães ...

8 de maio de 2009

sábado, 5 de maio de 2012

Tonico & Tinoco - Chico Mineiro (RARIDADE)

O Tinoco reencontrou o Tonico lá no céu. Estão agora ambos tocando modinhas sertanejas no meio dos anjos, provavelmente sentados numa nuvem fofinha. Que lindo! Pois é esta a imagem que me inspiram estes dois irmãos artistas que encantaram a gente por décadas. Gosto muito de música sertaneja, aquela de boa qualidade, que representa o que há de mais autêntico na alma daqueles que vivem "na roça" (como diria a Renate)

Liane Dagmar Schmidt 

Os últimos e autênticos talentos caipiras estão cada dia mais escassos!

[RESA] 

"A música de Tonico e Tinoco era afinadíssima, autêntica, 
descontraída, pura, com cheiro de capim"
Júlio Medaglia, maestro e compositor

sexta-feira, 4 de maio de 2012

AGENDA - MAIO/2012

  MUSEU MUNICIPAL DE CACHOEIRA DO SUL

Patrono Edyr Lima

 

EXPOSIÇÕES PERMANENTES  

Sala 1 - Nossos primórdios

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EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS

Sala 2 - Três homens na história do Museu

Salas 3 e 4 - Exposição: "A Fotografia" - 

Atividade da 10ª Semana Nacional de Museus/2012

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EXPOSIÇÕES EXTERNAS

* Recanto da Praça José Bonifácio

* Memorial de Logradouros

* Recanto da Memória

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OUTRAS ATIVIDADES

* Exibição comentada do DVD Cachoeira "100 anos depois"

Data: 15 de maio, às 14 h e 30 min, sala 2

 

Álbum organizado por Claiton Fernando Nazar

em parceira com o Museu Municipal de Cachoeira do Sul

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Exposição Extramuros "Estação Ferroviária - marco de transformação urbana"

Atividade da 10ª Semana Nacional de Museus/2012

Abertura: 16 de maio, às 16 h

Local: Casa de Cultura Paulo Salzano Vieira da Cunha

  Exposição de fotografias organizada por Claiton Fernando Nazar 

em parceria com o Núcleo de Cultura de Cachoeira do Sul

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Lançamento e exibição do DVD "Detalhes do Tempo"

Data: 18 de maio, às 15 h, sala 2

Local: Museu Municipal de Cachoeira do Sul - Patrono Edyr Lima

Álbum organizado por Nelda Scheidt

em parceria com Claiton Fernando Nazar


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* Projeto Vida de Patrono

* Visita guiada, passeio cidade e palestra: mediante agendamento

* Uma Noite no Museu: mediante agendamento

* Atendimento a estudos e pesquisas

* Atendimento ao público em geral

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MUSEU

HORÁRIO DE ATENDIMENTO

Segundas-feiras: expediente interno

Das terças às sextas-feiras: das 9 h às 17 h

Sábados, domingos e feriados: das 13 h e 30 min às 17 h

 

ENDEREÇO

Rua Dr. Sílvio Scopel, 502

96.506-630 - Cachoeira do Sul - RS

Telefone para contato: (51) 3724-6017

http://www.museucachoeira.com.br/

Contatos: museu@museucachoeira.com.br