Orgulho!

Orgulho!

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O último PEDIATRA de Aleppo, Síria!

Dr. Wassim morreu nesta quarta-feira, dia 28 de abril.
O médico atendia no hospital que foi bombardeado pela força aérea síria
"leal" ao governo. Aleppo transformou-se numa tragédia diária, onde resta
ao povo que sobrevive em meio às ruínas, recolher mortos e feridos e chorar por eles.
Quanto às crianças,de agora em diante, o que já era difícil tornou-se impossível.
Aleppo fez-me lembrar de Leningrado, a cidade dos czares,num dos mais dramáticos episódios da
II Guerra Mudial. Sitiada pela Wehrmach e pulverizada pela Luftwaffe durante
quase 900 dias. Leningrado resistiu e sobreviveu à destruição e à morte de 1 milhão de pessoas
pelo bombardeios, pelo frio e pela fome. Nos piores dias, morriam 1000 pessoas/dia.
Mais um triste dia na história desta ex-linda cidade síria!
No boné do Dr. Wassim está escrito "future" ao lado de um puma.
Qual é o futuro das crianças de Aleppo?
Qual é o futuro da Síria?
Por que o presente do médico foi morrer impiedosamente sob o impacto de um bombardeio criminoso?

domingo, 24 de abril de 2016

O GOLPE, segundo o jornal THE GUARDIAN

O GOLPE segundo The Guardian

Postado por Juremir Machado da Silva
24 de abril de 2016

A razão real que os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment
David Miranda

Em inglês: The real reason Dilma Rousseff's enemies want her impeachment

Corrupção é só um pretexto para os ricos e poderosos que falharam em derrotá-la nas eleições

A história da crise política no Brasil, e a mudança rápida da perspectiva global em torno dela, começa pela sua mídia nacional. A imprensa e as emissoras de TV dominantes no país estão nas mãos de um pequeno grupo de famílias, entre as mais ricas do Brasil, e são claramente conservadoras. Por décadas, esses meios de comunicação têm sido usados em favor dos ricos brasileiros, assegurando que a grande desigualdade social (e a irregularidade política que a causa) permanecesse a mesma.



Aliás, a maioria dos grandes grupos de mídia atuais - que aparentam ser respeitáveis para quem é de fora - apoiaram o golpe militar de 1964 que trouxe duas décadas de uma ditadura de direita e enriqueceu ainda mais as oligarquias do país. Essas corporações - lideradas pelos múltiplos braços midiáticos das Organizações Globo - anunciaram o golpe como um ataque nobre à corrupção de um governo progressista democraticamente eleito. Soa familiar?
Por um ano, esses mesmos grupos midiáticos têm vendido uma narrativa atraente: uma população insatisfeita, impulsionada pela fúria contra um governo corrupto, se organiza e demanda a derrubada da primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff, e do Partido dos Trabalhadores (PT). O mundo viu inúmeras imagens de grandes multidões protestando nas ruas, uma visão sempre inspiradora.

Mas o que muitos fora do Brasil não viram foi que a mídia plutocrática do país gastou meses incitando esses protestos (enquanto pretendia apenas "cobri-los"). Os manifestantes não representavam nem de longe a população do Brasil. Ao contrário, eles eram desproporcionalmente brancos e ricos: as mesmas pessoas que opuseram ao PT e seus programas de combate à pobreza por duas décadas.

Aos poucos, o resto do mundo começou a ver além da caricatura simples e bidimensional criada pela imprensa local, e a reconhecer quem obterá o poder uma vez que Roussef seja derrubada. Agora tornou-se claro que a corrupção não é a razão de todo o esforço para retirar do cargo a presidente reeleita do Brasil; na verdade, a corrupção é apenas o pretexto.

O partido de Dilma, de centro-esquerda conseguiu a presidência pela primeira vez em 2002, quando seu antecessor, Lula da Silva, obteve uma vitória espetacular. Graças a sua popularidade e carisma, e reforçada pela grande expansão econômica do Brasil durante seu mandato na presidência, o PT ganhou quatro eleições presidenciais seguidas - incluindo a vitória de Dilma em 2010 e, apenas 18 meses atrás, sua reeleição com 54 milhões de votos.

A elite do país e seus grupos midiáticos fracassaram, várias vezes, em seus esforços para derrotar o partido nas urnas. Mas plutocracias não são conhecidas por aceitarem a derrota de forma gentil, ou por jogarem de acordo com as regras. O que foram incapazes de conseguir democraticamente, eles agora estão tentando alcançar de maneira antidemocrática: agrupando uma mistura bizarra de políticos - evangélicos extremistas, apoiadores da extrema direita que defendem a volta do regime militar, figuras dos bastidores sem ideologia alguma - para simplesmente derrubarem ela do cargo.

Inclusive, aqueles liderando a campanha pelo impeachment dela e os que estão bem mais envolvidos em escândalos de corrupção do que ela. Cunha foi pego ano passado com milhões de dólares de subornos em contas secretas na Suíça, logo depois de ter mentido ao negar no Congresso que tivesse contas no exterior. Cunha também aparece no Panamá Papers, provas de que agiu para esconder seus milhões ilícitos em paraísos fiscais para não ser detectado e evitar responsabilidades fiscais.

É impossível marchar de forma convincente atrás de um banner de "contra a corrupção" e "democracia" quando simultaneamente se trabalha para instalar no poder algumas das figuras políticas mais corruptas e antipáticas do país. Palavras não podem descrever o surrealismo de assistir a votação no Congresso do pedido de impeachment para o senado, enquanto um membro evidentemente corrupto após o outro se endereçava a Cunha, proclamando com uma expressão séria que votavam pela remoção de Dilma por causa da raiva que sentiam da corrupção.



Como o The Guardian reportou: "Sim", votou Paulo Maluf, que está na lista vermelha da Interpol por conspiração. Sim, votou Nilton Capixaba, que é acusado de lavagem de dinheiro. 'Pelo amor de Deus, sim!' declarou Silas Câmara, que está sob investigação por forjar documentos e por desvio de dinheiro público."
Mas esse políticos abusaram da situação. Nem os mais poderosos do Brasil podem convencer o mundo de que o impeachment de Dilma é sobre combater a corrupção - seu esquema iria dar mais poder a políticos cujos escândalos próprios destruiriam qualquer carreira em uma democracia saudável.

Um artigo do New York Times da semana passada reportou que "60% dos 594 membros do Congresso brasileiro" - aqueles votando para a cassação de Dilma - "enfrentam sérias acusações como SUBORNO, FRAUDE ELEITORAL, DESMATAMENTO ILEGAL, SEQUESTRO e HOMICÍDIO". Por contraste, disse o artigo, Rousseff "é uma espécie rara entre as principais figuras políticas do Brasil: ela não foi acusada de roubar para si mesma".
O chocante espetáculo da Câmara dos Deputados televisionado domingo passado recebeu atenção mundial devido a algumas repulsivas (e reveladoras) afirmações dos defensores do impeachment. Um deles, o proeminente congressista de direita Jair Bolsonaro - que muitos esperam que concorra à presidência e em pesquisas recentes é o candidato líder entre os brasileiros mais ricos - disse que estava votando em homenagem a um coronel que violou os direitos humanos durante a ditadura militar e que foi um dos torturadores responsáveis por Dilma. Seu filho, Eduardo, orgulhosamente dedicou o voto aos "militares de 64" - aqueles que lideraram o golpe.

Até agora, os brasileiros têm direcionado sua atenção exclusivamente para Roussef que está profundamente impopular devido à grave recessão atual do país. Ninguém sabe como os brasileiros, especialmente as classes mais pobres e trabalhadoras, irão reagir quando verem seu novo chefe de estado recém-instalado: um vice-presidente pró-negócios, sem identidade e machado de corrupção que, segundo as pesquisas mostram, a maioria dos brasileiros também quer que seja cassado.


No meio, um vice manchado de corrupção
O mais instável de tudo, é que muitos - incluindo os promotores e investigadores que têm promovido a varredura da corrupção temem que o real plano por trás do impeachment de Roussef é botar um fim nas investigações em andamento, assim protegendo a corrupção, ao invés de puni-la. Há um risco real de que uma vez que ela seja cassada, a mídia brasileira não irá mais se focar na corrupção, o interesse público irá se desmanchar, e as novas facções de Brasília no poder estarão hábeis para explorar o apoio da maioria do Congresso para paralisar as investigações e se protegerem.

Por fim, as elites políticas e a mídia do Brasil têm brincado com os mecanismos da democracia. Isto é um jogo imprevisível e perigoso para se jogar em qualquer lugar, porém mais ainda em uma democracia tão jovem com uma história recente de instabilidade política e tirania, e onde milhões estão furiosos com a crise econômica que enfrentam.





Stultifera Navis - A Nau dos Insensatos

RESPOSTA À PRIMAVERA ÁRABE EM ALEPPO, SÍRIA!

PRIMAVERA ÁRABE

Utopia, equívoco, temeridade, purgatório ou inferno?
O ditador da Síria nunca foi/será santo, porém o país vivia em relativa paz.
Haviam sido abatidos Sadam Husseim e Muamar Kadafi. 
Pronto. 
Simples assim.
A questão árabe havia sido parcialmente resolvida. 
Faltava o terceiro "vilão" e o espaço árabe seria contemplado com um zênite mágico. 
Errado.
No Iraque, destruído pelos Estados Unidos da América em 1991 com o apoio da UE, impera o caos assim como na Líbia. As duras lideranças que mantinham a ferro e fogo "o respeito", haviam sido estraçalhadas. 
Pensava-se que imagens da guerra mais destrutiva e bárbara do século XX não se repetiriam, faziam parte de um odioso passado europeu.
Cidades transformadas em pó, sitiadas, execuções de prisioneiros, bombardeios aéreos indiscriminados, carência das necessidades médicas mais básicas, morte por inanição ... E nos veios livres de autoridade infiltrou-se o Estado Islâmico e seus pares.
Há um holocausto acontecendo.
Por que Tony Blair, Condolleza Rice, George Bush Son e a trupe apoiadora da barbárie não estão frente a frente com juízes para purgar e pagar por seus crimes?
Por que a maravilhosa cidade síria de Aleppo foi transformada nesta excrescência? 
Por que estão acontecendo tais bombardeios indiscriminados e desumanos? 
Por que a ONU anda muda? 
Quando o sofrimento destas pessoas cessarão?
Até quando?

Aleppo é uma das mais antigas cidades existentes.

Capital de um Estado amorrita, e posteriormente de um reino hitita.
Aleppo foi dominada pelos aquemênidas (540 a.C.).

Passou às mãos dos selêucidas, que fundaram a nova cidade (301-281 a.C);

foi tomada pelos romanos em 65 a.C.

Tornou-se muçulmana em 637 d.C.,

mas adquiriu autonomia no centro de um principado.

Possessão dos mongóis (1260),

e mais tarde dos mamelucos,

tornou-se otomana em 1516.

Numerosos monumentos,

entre os quais os mais notáveis são da época seldjúcida:

Grande Mesquita (de origem omíada, mas refeita no século XII).

Outros edifícios são  devidos aos mamelucos

e aos otomanos.

Importante museu arqueológico.
A cidade da Síria que tinha mais de 2 milhões de habitantes,

é capital de província, no Kueik.

Possui universidade,

Também é um entroncamento rodoviário e ferroviário.

É uma metrópole comercial,

artesanal

e industrial.

Existe a Cidadela de Aleppo que é um grande palácio medieval fortificado.

Outro local a ser visitado é o Museu Nacional de Aleppo. Com tamanho cabedal de História,
o seu acervo dever ser algo absolutamente extraordinário.

Não deve ficar de fora do tour a Mesquita Omíada de Aleppo, construída no século XIII, no período mameluco.


sábado, 23 de abril de 2016

SEMANA DE PERDAS

O golpismo avança ... 

Os mitos são mortais e seus fãs choram!

O Equador sangra!

Já vai tarde! O laissez-faire do Pai do Liberalismo Econômico, Adam Smith, abre vaga para o maravilhoso Turner: não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe!

Já vai tarde!

Um dia, na metade do século retrasado, a Irlanda foi contemplada com um fungo que dizimou as plantações de batata, fazendo com que ela comesse o pão que o diabo amassou. Fome, desgraceira, óbitos, emigração e a impiedosa espada do liberalismo econômico de Adam Smith, abateu-se como um nuvem escura gerando sangue, suor e lágrimas.
Mais detalhes neste excelente artigo do historiador Voltaire Schilling (clique sobre o nome dele).



Cobradores com escolta para tirar casa, terra e dignidade durante a "Grande Fome"
Realidade irlandesa de uns bons anos atrás.

Sim, fica na Irlanda.

Camponeses 

O naufjrágio, de Turner

Joseph Mallord William Turner (1175-1851)

Hoje é dia de homenagear William Shakespeare!

Dança dos Capuletos com música de Prokofiev. 

Hoje é dia de homenagear Miguel de Cervantes!


Ponto alto do filme "O último dançarino de Mao". O dançarino bonitão arrasa com sua performance no ballet D. Quixote.
Originalmente, a coreografia do ballet é atribuída a Marius Petipa com música de Ludwig Mintus. A primeira apresentação aconteceu em 1869 em Moscou pelo Balé do Teatro Imperial Bolshoi. 

sábado, 16 de abril de 2016

O COMPLÔ

Macbeth e seu bajulador Banquo (ambos generais do exército do rei da Escócia, Duncan), em encontro 
com as três bruxas na charneca.
"O belo é feio e o feio é belo. 
Pairemos por entre a névoa e o ar impuro".
Está sendo selada a sorte do rei da Escócia.

Obra de Theodore Chasseirau, 1856


Do filme "O Juiz". Absolutamente linda tal como é memorável, o intérprete!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Sombras de 1964!

A República sob ataque!

O Vice


O Leviatã - Impedimento

O golpe - a República engolindo sua Presidente

Autores das obras: Saturno engolindo um filho (Goya),
O Colosso (pensava-se ser de Goya, hoje há dúvida,
Leviatã (autoria desconhecida).
O Leviatã é uma das obras mais famosas do iluminista Thomas Hobbes

domingo, 10 de abril de 2016

QUAIS SÃO OS PARÂMETROS DO SÉCULO XXI?



A REVISTA PEDE EM EDITORIAL
"Começa a procura por mulheres bonitas e inteligentes"

Um leitor bem atento respondeu da seguinte forma:
"A MANCHETE

... depõe contra uma grande parcela de mulheres a quem a natureza não dedicou muito tempo, e a quem ele é preenchido com muito trabalho, dedicação à casa, marido, filhos, entre tantas outras coisas, tão peculiares ao hoje nada frágil sexo oposto. Parece que, entendida a chamada da reportagem, inteligência é coisa supérflua, basta um rosto bonitinho e um corpão de academia, e pronto, você vira capa de revista. Gente, em tempos de liberdade feminina, de inserção da mulher em todas as frentes, o que deveria contar não é a beleza externa, mas sim a habilidade, a capacidade de estar talvez à frente de sua própria época, a inteligência, a não disputa de espaço utilizando corpinhos modelados e sim o ombrear par a par com qualquer homem, deixando sobressair a capacidade de liderar, inclusive dos homens, visão holística da sociedade como um todo ...
Enfim, que me perdoem as beldades, mas prefiro as que sejam capazes de não só se resolverem, como de ajudar a resolver situações e encontrar soluções onde, às vezes, só a beleza falha ...
Aliás, a beleza está mesmo no interior, não no exterior, a interna nem o tempo apaga, a externa o vento da cronologia desbota, e por fim apaga!"




SERÁ A PÉRSIA ESTÁ MUDANDO?

Marlik, arte da antiga Pérsia, 2000 a.C.

Antes de morrer quero conhecer três lugares: Palmira, Pérsia e Cuba. Por razões distintas são lugares que me fascinam.
Quanto à Pérsia, acompanhei a derrubada do xá Reza Pahlevi, um aliado incondicional dos EUA, supostamente moderno e progressista (comprou um sem fim de material de guerra dos EUA) mas que mantinha nas sombras uma polícia sanguinária e repressiva - a Savak.
As forças contrárias ao xá venceram a Revolução e carregaram nos ombros uma obscura figura refugiada em Paris, o aiatolá Khomeini que cobriu a Pérsia com o manto fundamentalista da teocracia, um retrocesso de 1000 anos.
Segundo a Anistia Internacional, somente em 2015 o Irã condenou à morte cerca de mil pessoas, a grande maioria ligada ao tráfico de drogas porém ...
Há três fotos nesta postagem: a moça chicoteada, os dois jovens gays enforcados e a também monstruosa pena de apedrejamento - sharia.

Figura feminina em terracota, 3500 a.C.

Cabeça de estuque, do império dos sassânidas, último anterior ao islamismo.
Datado de 200-300 depois de Cristo. A Hégira aconteceu em 622, fato que
marca o ano 1 do calendário muçulmano.

Após o século VII com a islamização, foram proibidas as representações de humanos - blasfêmia!
Teto de uma mesquita decorado com arabescos
Rara e interessante fotografia de uma moça iraniana em época anterior à Revolução Islâmica
que transformou a Pérsia numa TEOCRACIA medieval
Sem comentários!
Qual foi o destino desta belíssima moça? Não sei. Mas segundo a foto, meu prognóstico é ruim
Sharia

Sharia


Jovens condenados à morte por homossexualismo


O ultra-mega-hiper fundamentalista Ahmadinejah em visita ao Museu Britânico encantado com
o "Cilindro de Ciro". Sabe ele, que de uma certa forma, o cilindro é considerado a "Primeira Declaração dos Direitos
do Homem? Será que sabe, ou ... finge que não sabe e não tem nada a ver com isto.

As mulheres persas (e os homens) são muito belas. E sabem disso!


Olha a moda das persas! Dá umas boas chineladas na moda ocidental
focada em marcas badaladíssimas (Gucci, Dior, Ives Saint-Laurent, Rabanne ...), uma mesmice
e uma chatice, aliás.
Esta foto me deixou encantada! Rapazes e moças integradas, dando um show de beleza e modernidade. Siga em frente, Irã, quem sabe um dia eu vá te visitar se ter que usar obrigatoriamente o véu, de saber da abolição da sharia, da pena de morte. Mostre ao mundo teus encantos, tuas antigas cidades persas e teu exemplo de uma possível mudança neste mudo asiático majoritariamente recoberto pelo incompreensível fundamentalismo isâmico.