Orgulho!

Orgulho!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

IGREJA VIKING DE BORGUND

A IGREJA QUE SOBREVIVEU!



A madeira para a igreja de Borgund foi cortada no inverno de 1180, e a construção foi erguida por volta de 1183. Com habilidade e experiência, equipes de artesãos itinerantes realizaram o complexo trabalho de construção.
As igrejas vikings norueguesas constituem uma contribuição única ao patrimônio cultural mundial. A maioria delas foi construída no período de 1130 a 1350, ano em que a Peste Negra acabou com qualquer atividade de construção. Embora tenham existido construções parecidas em outros lugares da Europa, as únicas que restam atualmente estão na Noruega. Entre as mil igrejas que foram erguidas na época, sobram hoje 28, e Borgund sobreviveu sem sofrer alterações significativas. 
A igreja foi construída, apenas uns 30 anos depois de a Igreja Católica conceder à Noruega um arcebispo próprio, diretamente sob a autoridade do papa em Roma.
Em 1877, a igreja viking de Borgund foi comprada pela Associação do Patrimônio Histórico.

Vista de baixo, a construção da cobertura sobre o outro espaço central
parece um barco virado, a tesoura correspondendo à costela do barco.
A torre do telhado contém dois sinos pequenos usados durante a missa.
No século XIII, um campanário separado foi construído para abrigar os
sinos grandes. Esse campanário É O ÚNICO QUE SOBROU no país.
Um dos velhos sinos medievais está na igreja nova desde 1868.
A CONSTRUÇÃO DA IGREJA
Os artesão que construíram as igrejas vikings eram os herdeiros de uma longa tradição de trabalhos artesanais em madeira. A Era  Viking havia chegado ao fim, mas o povo norueguês ainda era um povo viajante, e os artesãos incorporavam os novos impulsos vindos da construção de igrejas no exterior à tradição nacional.
A igreja viking de Borgund sobreviveu por tanto tempo porque foi erguida por cima de uma estrutura de madeira assentada sobre um fundamento de pedra. Por não ter estado em contato com o solo úmido, o madeiramento se manteve seco. Além disso, as toras possivelmente foram submetidas a um processo de secagem em posição vertical, extraindo o pez até a superfície. Em seguida, a madeira era derrubada e cortada em até 2 mil pedaços - o nº de peças necessárias para a construção de uma igreja.
O próprio madeiramento era montado no chão, formando estruturas rígidas que depois eram erguidas, provavelmente com a ajuda de varas longas.

O  QUE SE VÊ 
* O pórtico ostenta pilastras com folhas de acanto enquanto as laterais e o lintel da porta são adornados por ramagens e animais parecidos com serpentes e dragões;
* Rostos de animais  são entalhados no portal da face sul. Dois leões se erguem sobre o capitel; 
* A pintura no retábulo do altar medieval de pedra, representando a crucificação de Cristo datada de 1654;
* A fonte batismal de pedra de sabão, datada da Idade Média;
*O púlpito é de 1550-1570. No período católico não havia púlpito;
*O armário de sacramentos, datado de 1550-1570;
*Cruz de consagração na parede;
*Inscrições rúnicas;
*Insígnias nas portas.

O QUE NÃO SE VÊ
* A arte sacra;
* A abertura estreita e a divisória do coro original.


Moedas de vários períodos e origens encontradas na igreja

Bracteate encontrada na igreja viking

Outro exemplo de bracteate
Bracteates são peças tipo moedas que foram cunhadas só de um lado.
Como elas são muito finas, seu padrão fica visível no reverso dela como um desenho negativo.
Este método medieval de cunhagem foi utilizado pela primeira vez provavelmente em regiões alemãs.
Na Noruega, as bracteates foram introduzidas no início do século XII e as últimas foram cunhados no início do século XVI. 






CRONOLOGIA

Era dos Vikings
800
1030: Batalha de Stildeskad
1152: a Noruega torna-se arcebispado

Idade Média
1180: a igreja foi construída
1349: Peste Negra

Tempos Modernos (período luterano)
1537: Reforma
1736: a igreja foi vendida
1868: Igreja nova
1877: A Associação do Patrimônio Histórico assume a responsabilidade pela igreja.

Fonte de Pesquisa: 'Folder' Igreja Viking de Borgund - a igreja que sobreviveu.
Associação do Patrimônio Histórico da Noruega

domingo, 19 de julho de 2015

Operação Valquíria: 71 anos!




20 de julho de 1944

Em 19 de julho, a presença de Stauffenberg em Wolfschanze para uma reunião no dia seguinte foi requisitada. A chance que ele esperara pacientemente surgira. Na manhã seguinte, 20 de julho, Stauffenberg se levantou às cinco e, antes de partir, disse ao irmão Berthold: "Nós atravessamos o Rubicão". Dirigiu até o aeroporto com seu ajudante, Werner von Haeften, que havia falado por horas com Dietrich Bohoeffer sobre matar o Führer. Agora ele estava prestes a fazê-lo. Com eles, a maleta de Stauffenberg, contendo documentos importantes e, enrolada numa camisa, outras das ardilosas bombas de plástico que atormentavam os conspiradores repetidamente. Mas desta vez, como diz a história, ela não falhou em explodir. No fim, sua explosão causaria a morte de milhares, mas não de forma prevista.

Pastor, Mártir, Profeta, Espião
Eric Metaxas

Marechal de Campo Wilhelm Keitel, Reichmarschal Hermann Goering, Hitler e Martin Bormann
Wolfschanze

A Toca do Lobo
O uniforme do Führer
Cada bomba pesava aproximadamente 1kg, feita de plástico explosivo inglês, capturado de guerrilheiros na França. O mecanismo era engenhoso. Um pedaço de fio devia ser cortado entre 10 e 15 minutos antes da hora marcada para a explosão, quando quebrava uma ampola contendo ácido. O ácido derramado destruiria o pedaço restante do fio, que segurava uma mola, esta então distendia-se, acionando o detonador, dando-se a explosão.
Stauff e Werner estão a caminho ...
Local onde explodiu a bomba de Stauffenberg
Memorial
À esquerda Martin Bormann e Goehring
A viagem de três horas de avião desembarcou-os em Rastenburg por volta das 10h da manhã. Eles foram recepcionados por um carro oficial que os conduziu às sombrias florestas do leste da Prússia, em torno da sede de Hitler. Atravessaram as fortificações da casamata, os campos minados, as cerca de arame eletrificadas - e, enfim os guardas servilmente dedicados à SS* que patrulhavam a área. Stauffenberg se encontrava agora na zona "segura", onde o Führer, por sua vez, estava desprotegido. Restava apenas acionar a bomba, colocá-la próxima a ele, escapulir da sala antes da explosão, ludibriar os guardas da SS, que àquela altura estariam num frenesi de alarmismo, atravessar a cerca eletrificada e os campos minados e as fortificações da casamata. E ele faria tudo isso.
Mas havia três horas antes da reunião.


A Toca do Lobo em outro ângulo
A conferência de Stauffenberg com Hitler fora antecipada para o meio-dia e meia. Além disso, Keitel disse que Hitler teria pressa, portanto Stauffenberg não devia demorar-se. Stauffenberg indagou a si mesmo se a reunião não seria sucinta demais para o detonador. Mas teve uma ideia: o dispositivo seria acionado antes de ele chegar à reunião. Keitel então transmitiu outra surpresa. Por causa do calor, o encontro não se realizaria no esconderijo subterrâneo, mas nas casernas de conferência, acima do solo. Como as paredes do esconderijo subterrâneo teriam confinado a explosão, multiplicando seu efeito, essa foi uma péssima notícia.
Pouco antes do meio-dia e meia, Keitel avisou que a hora havia chegado. Eles deveria partir imediatamente. Mas, antes de deixarem o escritório de Keitel, Stauffenberg perguntou se poderia tomar um banho rápido; ele pretendia armar a bomba no banheiro. Quando viu que o banheiro não era o lugar adequado, pediu ao assessor de Keitel um lugar onde pudesse trocar a camisa. O assessor de Keitel levou Stauffenberg a outra sala, onde o conspirador fechou a porta, abriu rapidamente a maleta, desembrulhou a bomba, vestiu a camisa na qual ela estava enrolada, e quebrou a cápsula. A bomba explodiria em dez minutos. Stauffenberg correu apressadamente para o carro de Keitel, e num instante eles chegaram à conferência.
Stauff e três dos seus cinco filhos

No momento em que Keitel e Stauffenberg entraram na sala onde Hitler se encontrava, quatro dos dez minutos tinham passado. Hitler reconheceu Stauffenberg superficialmente e continuou a ouvir a conferência do general Heusinger. Stauffenberg olhou em torno da sala e viu mais problemas. Himmler e Goebbels não se achavam presentes. Contudo, ele sentou-se perto de Hitler, colocando a mala sob a mesa, a menos de dois metros de distância dos pés do Führer, que - a menos que ele se movesse - estariam separados do restante do corpo em cinco minutos.
Mas algo chamado peanha ficaria literalmente no caminho e mudaria o vetor da explosão histórica para longe do alvo pretendido. Uma peanha é um bloco maciço usado como suporte. No caso da imensa mesa de carvalho nessa sala de mapas, havia duas delas, um em cada extremidade. A mesa tinha aproximadamente cinco metros e meio por um metro e meio, e cada um das duas monstruosas peanhas eram quase tão largas quanto a mesa.
Essa mesa bizarra e sem pernas desempenharia um papel trágico nos assassinatos de Dietrich Bonhoeffer, seu irmão Klaus e seus dois cunhados, além de Stauffenberg, Haeften e centenas de outros conspiradores, sem mencionar os milhões de inocentes sofrendo naquele período em desespero miserável nos campos de extermínio. É um fato e um mistério que o curso da história esteja articulada a uma peculiaridade do design mobiliário.

Stauffenberg sabia que restavam três minutos antes que a bomba detonasse. Era hora de partir. Pediu licença repentinamente, resmungando algo sobre a necessidade de obter um conjunto final de dados para apresentar em sua conferência. Sair de uma sala na presença de Adolf Hitler era bastante incomum, mas Stauffenberg tinha razões urgentes. Ele caminhou para fora do prédio, lutando contra a poderosa tentação de correr em disparada. Atrás dele, na sala, Heusinger continuava a zumbir até que uma de suas frases foi prematuramente interrompida por uma explosão tão potente que Stauffenberg, já a duzentos metros de distância, avistou as chamas amarelo-azuladas trespassando pelas janelas, acompanhadas por alguns dos homens do alto escalão que visualizavam os mapas, com enfado, poucos milissegundos antes.
A mesa de carvalho ficou em pedaços. Cabeças estavam em chamas. O teto caíra no chão. Vários homens jaziam mortos. Mas, ao contrário do que Stauffenberg acreditava ao se apressar em direção do aeroporto, nenhum dos mortos era o "mal encarnado". Lá estava Hitler, fino e elegante, embora caricaturalmente despenteado. 
"Foi a Providência que me poupou", declarou Hitler.

Fonte: Bonhoeffer - Pastor, Mártir, Profeta, Espião
Eric Metaxas

Stauffenberg (Coronel  Claus Philip Maria Schenk, Conde de Stauffenberg) e Haeften (Tenente Werner von Haeften) conseguiram passar sem quaisquer problemas pelo primeiro ponto de observação situado fora do Covil do Lobo (Wolfsschansse, Rastenburg, Quartel General na Prússia Oriental). A situação ali era tão confusa que ninguém se lembrara de soar o alarma naqueles minutos subsequentes à explosão, que todos ouviram, é claro mas Stauffenberg conhecia o oficial do primeiro ponto de observação e usou de blefe para abrir caminho alegando ter pressa de chegar ao aeroporto, e mandaram-no passar.
Quando chegaram ao ponto de observação externo, tiveram de esperar, pois o alarma já soara e o sargento de serviço disse a Stauffenberg que todas as entradas e saídas haviam sido expressamente proibidas. Stauffenberg insistiu e o sargento disse que teria de falar ao seu superior. Felizmente, este era Moellendorf, com quem Stauffenberg e Haeften havia tomado o desdejum naquela manhã. Stauffenberg pegou o telefone e, no seu melhor estilo militar
ríspido (era superior a Moellendorf, que não passava de capitão), disse: "Moellendorf? Aqui é o Coronel Conde von Stauffenberg. É da maior importância que eu chegue ao aeródromo às 13h15 para ir a Berlim. Você tem de mandar o seu sargento aqui deixar-me passar. O Comandante está a par de tudo". O ardil funcionou, mas sem dúvida não tria sido tão fácil, se o próprio comandante estivesse no outro lado da linha. Para sorte de Stauffenberg, naquele momento, o comandante fazia parte do grupo de homens espantados que ouviram a explosão, acorreram à sala de mapas e agora tentavam descobrir como a bomba fora posta ali ou se de fato fora lançada por algum avião russo que sobrevoara o local.
Hans von Dohnányi
Cunhado de Dietrich Bonhoeffer
assassinado por conspiração
Rüdiger Schleicher
Cunhado de Dietrich Bonhoeffer também assassinado por conspiração
Berthold Boenhoeffer e esposa
Assassinado  como seu irmão Dietrich e
 com mais centenas de compatriotas
"conspiradores".











Claus tinha dois irmãos gêmeos, Berthold e Alexander
(dois anos mais novos). 


Embora nascidos na Baviera, Claus e todos os outros membros da família consideravam-se suábios. Berthold (foto) também foi assassinado como conspirador. Nesta imagem vê-se Berthold enfrentando o bárbaro tribunal ao vilipêndio de Roland Freisler. 


Em sua maioria os infelizes foram executados por um processo lento de enforcamento usando ganchos de açougue com corda de piano.

















As forcas de Plötzensee, Berlim

A Condessa Nina e os filhos Berthold (1934), Heimeron (1936), Ludwig (1938), Valerie (1940) e Konstanze (1945)
Há muita confusão sobre a hora em que Stauffenberg e Haeften pousaram em Berlim; a maioria das fontes, no entanto, concorda que eles decolaram de Rastenburg às 13h15. Isto quer dizer que nos 33 minutos decorridos desde a explosão da bomba eles haviam passado por todos os pontos de observação (mesmo com atraso num deles) e percorrido 14,6 km até o aeródromo, localizado e convencido o piloto a levantar voo em poucos segundos. Ademais, eles ainda tiveram de desmontar e jogar fora a bomba de reserva durante o percurso. O que é de estranhar, nas dezenas de relatos feitos dos acontecimentos desse dia ninguém parece ter perguntado quais eram os pensamentos do motorista do carro enquanto seus passageiros desmontavam uma bomba no banco traseiro e logo depois jogavam as peças pelas janelas. É possível que a lavagem cerebral das suas experiências como soldado tenham sido suficientes para induzi-lo a obedecer ordens que viessem de seus superiores, Não se pode afirmar que ele estivesse envolvido na conspiração, pois havia inúmeros carros e motoristas em Rastenburg e não se podia ter certeza sobre qual deles seria usado.

Coronel Albrech Mertz von Quirheim, Tenente Werner von Haeften, General Friedrich Olbrecht e Stauff
Fuzilados em 21 de julho de 1944
Era do interesse vital de Fromm, agora que se provara sem dúvida alguma que o golpe fracassara, destruir qualquer prova da sua participação no complô, por mais pusilâmine que fosse. Se Olbricht, Quirheim, Haelften e Stauffenberg fossem interrogados pelo Serviço de Segurança, quem poderia afirmar que eles não revelariam seu conhecimento prévio dos planos da conspiração? Eles tinham que desaparecer o mais depressa possível.

Memorial
Liberdade, Justiça e Honra!
Memorial em Plötzensee, Berlim
De agora em diante acontecerá uma das maiores caçadas em busca dos conspiradores, de seus parentes (Sippenhaft**) que levará à morte mais de 5 mil cidadãos alemães e muitos deles faltando semanas para o fim da guerra, como foi o caso do Pastor Dietrich Bonhoeffer, enforcado a um mês da rendição incondicional.
Seguem as imagens de algumas das vítimas, várias delas no tribunal que tinha à frente a besta Roland Freisler. Um dos mortos é o filho do físico Max Planck, ganhador do Prêmio Nobel da Física de 1918, Erwin Planck.


Erwin Rommel, a Raposa do Deserto.
Apoiou o plano para matar Hitler. Envenenou-se
como uma saída "honrosa" bem como para proteger sua
família. Foi enterrado "com pompas militares".
Hans Bernd von Haefen (1905-1944). Jurista, membro
da Resistência Alemã.
General Helmut Stieff (1901-1944). Enforcado pelo seu envolvimento com o 20 de julho.
 Almirante Canaris.
Uma das figuras da Resistência e um dos envolvidos
no atentado de 20 de julho.
Adam von Trott zu Solz: advogado e diplomata, participou do complô.
Foi enforcado em agosto de 1944. Tinha 33 anos.
 Henning von Tresckow. General e um dos membros da Resistência. 
Participou do atentado de 20de julho. 
Suicidou-se com o objetivo de proteger outros envolvidos e suas esposas. 
Usou uma granada. Foi enterradocom honras militares. 
Após a descoberta do seu envolvimento, seu corpo foi exumado e enviado para o crematório* do
Campo de Concentração de Sachsenhausen.
* Os lugares ondem foram enterrados não deveriam, no futuro, servir de local de
peregrinações ou mesmo para a construção de memoriais.
 Alex Ernst-August Clamor Franz Albrecht Erich
Leo Freiherr (Baron) von dem Bussche-Streithorst.
Participou de uma tentativa para assassinar Hitler em 1943.
Sobreviveu à guerra, vindo a falecer em 1993.
 Ludwig Beck. Chefe do governo provisório que seria instalado
caso o atentado tivesse vingado. Suicidou-se.

 Peter Graf Yorck von Wartenburg (1904-1944), jurista e fez parte
 do núcleo dos conspiradores contra o nacional-socialismo e do complô
 de 20 de julho de 1944.
 Ulrich von Hassel. Diplomata, membro da resistência,
foi condenado à morte em setembro de 1944.
General Erich Hoepner (1886-1944)
Implicado no atentado de 20 de julho.
 Carl Friedrich Goerdeler, monarquista conservador
alemão, político, executivo, economista, funcionário público e adversário
do regime nazista. Recusou-se a retirar a estátua do compositor
 Felix Mendelssohn Bartholdy* do centro de Leipzig, onde ele era Prefeito.
* Mendelssohn era judeu.
 Ferdinand Thomas (1913-1944). Nascido em Heidelberg, Ferdinand era um jovem comunista
enquanto ainda frequentava a escola. 
Ela já havia sido setenciado a três anos de prisão por suas atividades
de resistência. Preso em 19 de julho de 1944, foi setenciado à morte em outubro de 1944. 
Ferdinand tinha, por ocasião do seu assassinato,  29 anos.
 General Hans Thomas
 Günther Smend. Colaborador da oposição, foi preso  em agosto de 1944
e setenciado à morte como cúmplice do atentado de 20 de julho. Mais uma vez a Prisão
de Plötzensee cumpria com seus desígnios.
 Karl Ernst Rahtgens (1908-1944), ativo resistente contra o regime nazista.
Se tio era o Marechal de Campo Gïnther von Kluge. Foi preso em Belgrado e setenciado
à morte pelo seu envolvimento com o atentado de 20 de julho.
 Foi enforcado na Prisão Plötzensee, em Berlim
como muito de seus compatriotas.
 Johannes Popitz(1884-1945). Ministro
 das Finanças da Prússia e membro
da Resistência Alemã contra o Nacionalsocialismo
Ludwig Gere. Trabalhou como diretor-gerente na indústria da construção.
Foi designado após o início da II Guerra Mundial, para o Gabinete dos Assuntos Estrangeiros.
Pertencer ao círculo de Hans Oster e Hans von Dohnanyi e esteve envolvido na tentativa de assassinato
contra Hitler. Após o fracasso da tentativa e antes de sua prisão, Ludwig dispara contra sua
própria esposa e tenta o suicídio ferindo-se gravemente no olho. Após sua recuperação, é transferido para o
Campo de Concentração de Flossenburg, sendo lá assassinado por um SS.
 Manus Poser (1907-1944). Jovem comunista, foi setenciado a
vários anos de prisão. Entre 1938 e 1941, organizou um círculo de resistência
em Jena que se intensificou após a Operação Barbarossa. Morreu no Campo de
Concentração de Buchenwald em 1944.
Friedrich Klausing (1920-1944). Membro da Resistência e participante do complô de 20 de julho. Foi enforcado
na Prisão de Plötzensee em Berlim. Tinha 24 anos.

 Plötzensee, Berlim

Ewald Heinrich von Kleist-Schmenzin
Oficial, participou do complô, porém sobreviveu vindo a morrer
aos 90 anos.
 Padre Jesuíta Alfred Delp. Embora não estivesse envolvido nos preparativos
para o atentado, foi julgado por um Tribunal Popular presidido por Roland Freisler e condenado à
morte por enforcamento por alta traição. Na Alemanha, muitas escolas têm o nome de Alfred Delp,
inclusive em Bremerhaven.
 Erwin Planck, filho do físico Max Planck*. Foi um político, combatente
da resistência alemã ao Terceiro Reich. Foi executado em 1945, após o atentado de 20 de julho de 1944.
Seu pai, Max, nunca mais foi o mesmo.
*Max Planck = Pai da Física Quântica Moderna!


A guerra arrastou-se por mais dez meses. A maioria das grandes cidades alemãs era só entulhos. 
Dresden ainda não haviasido destruída. E se ... tivesse Hitler morrido? 
Quantas milhares de vidas teriam sido salvas como a deste rapaz alemão, morto na França a poucos dias da rendição? A ordem era não recuar, não render-se, lutar até o amargo fim. 
Infiltrados nas tropas da Wehrmacht, os fanáticos e brutais SS não deixavam barato, seguindo à risca as absurdas ordens expressas da OKW (Oberkommando) centrado na mente paranóica de Hitler.

Na Europa, a guerra prosseguiu por longos e pavorosos dez meses. Na Ásia, ainda mais treze, 'encerrando' após o lançamento das duas bombas atômicas sobre o Japão. 
Estes meses todos representaram ainda incontáveis perdas humanas, feridos, desaparecidos, órfãos, brutalidades, massacres e perdas materiais imensuráveis.
Esta longa noite da História da Europa nunca será virada. Tantos anos se passaram e ainda nos deparamos com novos documentos, imagens, fontes, fontes estas que reviram versões históricas, acrescentando novos capítulos.
A terra alemã repousa sobre milhares de bombas enterradas e não detonadas. Tesouros culturais foram perdidos para sempre. A URSS e a Polônia, as duas nações mais atingidas em todos os aspectos, ainda possuem testemunhas vivas do terror pelo qual passaram.
A matança nos campos de concentração foi intensificada, as terríveis vinganças contra atos dos partisans de todas as nações ficaram ainda mais bestiais, e à medida que os exércitos da Grande Aliança avançavam em direção a Berlim, só há relatos da insanidade desta tragédia.
Hiroxima. A hora da bomba.
6 de agosto de 1945!

Prisioneiros russos "sobreviventes" do Campo de Concentração de Mauthausen.
De cada 10 russos feitos prisioneiros pelos nazis, somente 3 voltaram para casa.

Dresden, a Florença do Elba
O que restou dela após as raids de 13-14 de fevereiro de 1945

Oradour-sur-glane, França
Matança de civis

Horrenda imagem de um dos mil prisioneiros queimados
vivos em Gardelegen, Alemanha, em 16 de abril de 1945, a três semanas
da rendição alemã, pela SS e Luftwaffe.
Os que tentaram escapar do galpão foram fuzilados.
Muitos mortos a poucos dias da rendição!
Pastor Martin Niemöller
Campo de Concentração de Sachsenhausen
Pastor Martin Niemöller (1892-1984)

Em 1934, o Pastor Niemöller ainda acreditava que poderia discutir com os novos donos do poder. Cada vez mais na mira do regime pela GESTAPO, foi proibido de fazer pregações. Niemöller ficou sete anos preso (1938-1945). 


Inicialmente em Sachsenhausen e posteriormente no Campo de Concentração de Dachau. 
Sobre o significado do Nazismo na Alemanha, Niemöller inspirou-se no poema de Vladimir Maiakovsky adaptando-0:

"E não sobrou ninguém"

Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. 

Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque afinal, eu não era social-democrata. 
Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. 
Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse.


Fontes: 
Stauffenberg, História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial, Gerry Graber, Editora Renes, 1977.
Bonhoeffer, Pastor, Mártir, Profeta, Espião, Eric Metaxas, Editora Mundo Cristão, São Paulo, 2011.
Os Julgamentos de Nuremberg, Paul Roland, M. Books do Brasil Editora Ltda, 2013.
Diversos links internet.