Orgulho!

Orgulho!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

ANÁLISE DA OBRA ARQUITETÔNICA

Nesta parte do trabalho, a professora Jussara destaca que em 1940 a edificação ainda encontrava-se intacta.
Posteriormente ela acabou desmembrada, a casa geminada pelo lado da rua Saldanha Marinho foi demolida e os acessórios que repousavam na platibanda desapareceram.
Jussara escreve:
"Atualmente o prédio encontra-se desprovido de muitas ornamentações, mas mesmo assim mantém as principais características da casa de porão alto, pertencente ao estilo neoclássico".

ANÁLISE DA OBRA ARQUITETÔNICA

A obra arquitetônica analisada identifica-se claramente com o estilo NEOCLÁSSICO, apesar da falta de acessórios que faziam parte da arquitetura*.

* Por ocasião do trabalho da professora Jussara, as esculturas, os vasos e as pinhas já tinham sido retiradas.




1 - No ato da construção, conforme ver-se-á a seguir, as platibandas eram encimadas por objetos de louça do porto, como as figuras que representavam as virtudes, as estações do ano, vasos e Pinhas.
De início, a presença da platibanda nas fachadas principais e motivos geométricos decorados com frisos.

2 - A faixa de azulejos portugueses ficavam abaixo da cornija que por sua vez, ficava embaixo da platibanda.


Imagem: fonte localizada na casa de Salita Abreu decorada com azulejos provenientes da Casa Bem-Bem. O leão por onde esquichava a água foi roubado. Segundo seu filho, Ricardo, D. Salita ao recuperar as duas esculturas verificou que as demais estavam quebradas. Um pequeno conjunto de azulejos está no acervo do Museu Municipal:


Está escrito nele: "Azulejos portugueses da fachada da casa em que D. Pedro II e sua esposa foram hospedados em Cachoeira, no ano de 1846".

3 - Na imagem da década de 1980, uma parte da casa já tinha sido demolida. Geminadas, cada parte abrigava famílias de herdeiros diferentes.

4 - A porta da entrada principal que dá acesso ao interior é almofada com verga reta. Na parte superior da mesma, para manter a simetria e dar maior luminosidade foi colocada uma falsa janela, que como as demais é com verga em arco pleno, apresentando bandeira com vidros coloridos.
A entrada é constituída de um patamar de 1,30 m de comprimento sobre o qual se abrem as folhas da porta de entrada.
Para solucionar o problema do desnível entre o piso e a habitação e o plano do passeio, foi construída uma escada em madeira com catorze degraus, guarnecida por um corrimão de ferro terminando em pequenas pilastras.
Após a escada abrem-se três portas, todas almofadas e enquadradas por pilastras, com verga em arco plano e vidros coloridos. Todas dão entradas para salas.

5 - Abaixo da platibanda surge a cornija ornamentada com uma fileira de dentículos. A seguir uma faixa de azulejo português, salientando o encontro da fachada principal com a lateral aparece ema meia coluna canelada, que não sai diretamente do piso, mas sim de uma base, possuindo um capitel em forma de volutas.

6 - As janelas aparecem com verga em arco pleno e bandeira com vidros coloridos, sendo todas enquadradas por pequenas pilastras.
Na fachada lateral ainda permanece uma abertura em forma de óculos, sendo que cinco foram substituídas por portas com verga reta.

7 - Meia coluna canelada com capitel em forma de volutas.

8 - A construção é de esquina, sendo que a fachada principalmente e uma lateral foram erigidas sobre o alinhamento da rua.

9 - Rua Saldanha Marinho

10 - Rua General Portinho


JOAQUIM SALDANHA MARINHO

Joaquim Saldanha Marinho, político e jornalista brasileiro (Olinda, PE, 1816 - Rio de Janeiro, RJ, 1895). Teve grande atuação na campanha republicana e na Questão Religiosa (1872), que opôs setores da Igreja Católica a elementos da administração imperial ligados à Maçonaria.

Foi presidente das províncias de Minas Gerais (1865-1867) e de São Paulo (1867-1868). Nessa época promoveu em Campinas uma reunião de fazendeiros e financistas, da qual resultou a fundação da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, primeira do gênero organizada sem o concurso de capitais estrangeiros.

Em 1868, rompeu com o governo imperial. O manifesto republicano de 1870 foi redigido em sua casa. Era figura importante na Maçonaria.

Fonte: Enciclopédia Viva

JOSÉ GOMES PORTINHO
Nasceu em Cachoeira do Sul em 1º de setembro de 1814 e morreu na mesma cidade, em 8 de agosto de 1886. Iniciou sua vida atuando no comércio. Partidário de Bento Gonçalves, José Gomes Porto, o Portinho, ingressou na luta durante a Revolução Farroupilha. Por sua bravura, logo passou de soldado a sargento.

Em 1838 foi promovido a tenente-coronel e aos 28 anos Portinho já era general. Ele comandou as guardas nacionais de Cachoeira do Sul, Caçapava do Sul e Santa Maria.

Foi deputado provincial e pecuarista em Cruz Alta, atividade que lhe rendeu um título de nobreza, o de barão. Em 1858 o general foi agraciado com o título de Brigadeiro Honorário do Imperial Exército Brasileiro.

Fonte: Banco de Dados do Museu Municipal Patrono Edyr Lima

Nenhum comentário:

Postar um comentário