Orgulho!

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terça-feira, 20 de outubro de 2015

In the father's den [Um refúgio no passado] - FILME

"Um dia, em uma cidade no fim do mundo ...
 a maré se esvaiu e jamais retornou
O mar sumiu sem aviso
Primeiro, as pessoas só estranharam.
Elas continuaram fofocando e brigando pelas coisas de sempre.
Mas logo um silêncio começou a permear a cidade
Um deserto inacreditável estava se formando perante todos."
[...] 




Há um filme neozelandês, muito pouco conhecido e quase despercebido chamado 'Um refúgio no passado'.
Nesses dias meditabundos, acabei revendo esta obra-prima, densa, onde se destacam a história [trágica], os atores, a trilha sonora, os diálogos, a paisagem, a poesia, o intimismo.



É um filme forte mas que deixa atrás de si um espectador que fica pensando, pensando, pensando ...



Esperança

Sua mente é um cemitério,
seu coração é uma ilha
Ela e eu não somos boas amigas,,
mas eu a conheço a vida toda.
Ela senta-se em minha barriga,
vazia e distante ...
mas suas palavras de encorajamento 
não me ajudam.
Eu sei de seus truques,
suas falsas promessas.
"Vá embora", eu lhe digo.
"estou ocupada, tenho o que fazer".
Mas esta conhecida
nunca sabe quando partir.
Não é uma questão,
de por que ela me quer bem.
É mais uma questão
de por que eu a deixo ficar.

Poema lido pela personagem Celia, interpretada por Emily Barclay.
Nos créditos do filme aparece Fiona Tuomy, como autora do poema 'Poem for a lonely friend'.


Matthew MacFadyen e Emily Barclay em diálogos e paisagens que nos emudecem
[...]
As semanas passaram
e ainda não havia sinal do mar.
[...]
a terra sossegada,
outrora fértil ...
tornara-se dura e inacessível.
[...]
Mas ninguém, nem mesmo por um instante
para de se perguntar
por que o oceano sumira.
[...]
E as pessoas sozinhas, não tiveram escolha ...
a não ser encararem
umas às outras e sua perda.
Elas criaram um lar
em um novo ambiente ...
mas era um que mudara para sempre.
Elas aprenderam a viver
no espaço que o mar deixara ...
apesar de ele permanecer em seus sonhos.



A obra foi premiada no British Independence Film Awards e no Festival Internacional de Toronto.
Papéis marcantes são também interpretados por Miranda Otto, Colin Moy e Jodie Rimmer. 

Justiça seja feita, o diretor, os atores só merecem elogios.
O autor da trilha sonora impressionante é Simon Boswell.
O diretor, Brad McGann, infelizmente nos deixou cedo, aos 43 anos, vitimado por câncer.
Confira esta obra da sétima arte!



Trilha sonora de primeira!


                                        
                                                         Take everything de Mazzy Star



Kiri te Kanawa, Chants d'auvergne series 1 Baileiro, The English Chamber Orchestra
Segundo informação obtida, a música Baileiro é cantada no dialeto Occitan, 
ainda falado no sul da França.


 Full of stars, Turin Brakes


Horses, Patti Smith (cantora punk)

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