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domingo, 16 de agosto de 2015

Uma guerra 'quase' desconhecida: a Guerra dos Bôers

A DURA GUERRA BÔER

Guerrilha Bôer
Na eterna conturbada África, aconteceu um brutal conflito, em duas fases, no final do século XIX e início do século XX entre ingleses e os BÔERES, descendentes dos colonos calvinistas dos Países Baixos, da Alemanha, da Dinamarca e dos huguenotes franceses..
Estabeleceram-se nos séculos XVII e XVIII, na atual África do Sul, cuja colonização era disputada com os britânicos.
Desenvolveram uma língua própria, o africâner, derivado do neerlandês.

PRIMEIRA FASE: 1880 - 1881
Independência da República Bôer Transvaal em relação à Grã-Bretanha.

SEGUNDA FASE: criação da República Sul-Africana com a anexação das repúblicas boêres do Transvaal e do Estado Livre de Orange às colônicas britânicas do Cabo e Natal.

PAZ DE VEREENIGING
Em 1902, representantes do Reino Unido e das repúblicas bôeres dos Transvaal e Estado Livre de Orange, puderam fim às guerra bôeres, colocando todo o território da África do Sul como um domínio do Reino Unido, denominado União Sul-Africana. 

Bôeres

Ingleses (na comparação das imagens, é visível o lado mais fraco).

Comandante guerrilheiro boer Johannes Lotter
Executado em 12.10.1901 pelos ingleses

Determinados a não perder o conflito, os ingleses impuseram ações draconianas contra famílias
suspeitas de ajudar a guerrilha bôer. Fazendas eram queimadas, o gado era morto e as pessoas foram levadas
para campos de concentração.
A Grã-Bretanha, bem antes dos nazistas, foi quem inventou a moderna política dos campos.

Família aprisionada num campo. Milhares de prisioneiros padeceram de fome, doenças e maus-tratos.

Menino boer, vítima de um campo.

A vestimenta, a roupa, a pose são bonitas ...
A história não é (neste caso).

Último à direita, Winston Churchill

Churchill, ainda jovem, entrou no cenário da política inglesa de maneira espetacular como correspondente de guerra boer. Churchill caiu prisioneiro quando seu trem foi emboscado. Conseguiu escapar dos guerrilheiros bôeres, realizando uma fuga espetacular de Pretória, com direito a ter a cabeça a prêmio. Anos depois, em 1922, quando travava com Michael Collins, o fundador do IRA, o Tratado que acertou a emancipação da Irlanda, ele referiu-se ao fato dele, naquela aventura africana ter valido bem menos, só 25 libras, do que a cabeça de Collins, posta a prêmio pelos ingleses por 5 mil libras.
Mas o que havia de tão valioso nas terras que levaram povos ditos "civilizados" a uma guerra tão brutal? Somente a exigência de territórios cuja ganância imperialista seguia insaciável?
Ouro, diamantes e ferro despertaram a cobiça dos beligerantes.
Muito incensado por sua atuação durante a II Guerra Mundial, Churchill como toda a sua classe era racista. Se tomou posições condescendentes para com a autonomia dos irlandeses (que afinal eram brancos), mandou o governo britânico da Mesopotâmia GAZEAR os árabes (fósforo branco, ao entrar em contato com o ar, incendeia-se) quando da revolta iraquiana de 1920, como igualmente manteve-se OPOSTO às reivindicações dos indianos em obterem a independência. Considerava Gandhi "um faquir sedicioso". E até o fim, quando era evidente que o império não poderia mais ser mantido, ele bateu o pé CONTRA a emancipação da Índia, entendendo-a como habitada por um povo miserável, selvagem e supersticioso, que só poderia ser contido da desordem crônica pelo relho do homem branco. Churchill sempre depositou uma espécie de fé religiosa na superioridade da raça anglo-saxã acreditando-a a única a ser habilitada a governar o mundo (situação hoje consagrada pela aliança de ferro entre os Estados Unidos da América e a Grã-Bretanha, hegemônica no planeta).
Crença que ele não estendia aos germanos em geral, pois via-os desprovidos da sofisticação necessária para conduzir ao bom caminho os milhões de nativos que povoavam a Terra.
A dura guerra Bôer, travada pelo Império Britânico contra os brancos da África do Sul
Filme recomendado.

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