Orgulho!

Orgulho!

terça-feira, 19 de maio de 2015

Do caderno especial da Folha de São Paulo

·        Do caderno 'A saúde do Brasil'
    'semináriosfolha'
    Folha de São Paulo, 14 de maio de 2015
    Foram capturadas algumas frases significativas de um calhamaço de 12 páginas:
    
      # Em São Paulo, maioria que acaba de se formar em Medicina é da elite, fez cursinho e nunca trabalhou na vida;
·    # Os pais têm curso superior e ganham acima de 10 salários mínimos – condição de menos de 3 % da população brasileira;
·    # Quem estuda Medicina no Brasil pertence a uma elite muito distante da realidade brasileira em que 60% das pessoas vivem com menos de um saláraio mínimo;
·    # Afirma o presidente do Cremesp: “Acha que os filhos dessa elite vão querer atnder os muito pobres? Trabalhar em periferias ou áreas remotas? Não. Vão querer atender aonde vão ganhar mais”;
·     # De cada CEM FORMANDOS EM MEDICINA NO BRASIL, APENAS CINCO desejavam trabalhar em cidades pequenas;
·     # Só um quinto dos recém-formados queriam atuar em clínica geral, como nos programas de saúde da família;
·         “A maioria já tem um padrão socioeconômico elevado e quer mantê-lo. ESCOLHE AS ESPECIALIDADES VALORIZADAS pelo mercado, mais ligadas a TECNOLOGIAS e NÃO a HUMANIDADES”, diz Daniel Knupp, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
·         # 70% das 1100 vagas de residência em medicina de família ficam OCIOSAS todos os anos por falta de interessados. As vagas correspondem a 10% do total oferecido em residência médica no país.
·         # Mauro Luiz de Britt Ribeiro, vice presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), diz que o médico é um profissional como “outro qualquer”, atraído por leis do mercado. “Se o governo investisse em políticas que garantissem melhor remuneração e condições de trabalho, haveria mais procura”;
·         # Hoje, quase 60% dos novos médicos são mulheres;
·         # Entre os pontos positivos está o fato de a mulher preferir especialidades básicas, como pediatria e ginecologia;
·         # 361 pessoas abandonaram o programa federal ‘Mais Médicos’, um número considerado pelo governo bastante inferior comparado aos atuais 14.462 profissionais. Assim, ao todo, a taxa de desistência é de 2,5%, sendo que A MAIORIA DOS DESISTENTES SÃO MÉDICOS BRASILEIROS;
·         #Anunciado em 2013 como principal vitrine social do governo Dilma, o “Mais Médicos” previa alocar profissionais principalmente na rede BÁSICA DE SAÚDE em LOCAIS PRIORITÁRIOS, como CIDADES REMOTAS E PERIFERIAS;
·         # A  vinda de médicos de Cuba garantiu que a meta fosse atingida ( o governo queria chegar à marca de 13 mil profissionais em 2014). Hoje os cubanos representam 79% do total de médicos em atuação; 
Médicos cubanos em visita ao Museu Municipal de Cachoeira do Sul  - Patrono Edyr Lima
em 4 de abril de 2014. Da esquerda para a direita: Dr. Cosme Damian Carnero Del Toro,
Dra. Annie Ramos González, Dr. Alberto Ochoa Gamboa, Dra. Aliuska Arcia Toirac
e Renate Elisabeth Schmidt. O Dr. Cosme atua na USA4, no Centro Social Urbano;
a Dra. Annie também atua na USA4, no Centro Social Urbano;
Dr. Gamboa atua na localidade de Piquiri, interior do município de Cachoeira do Sul
e a Dra. Aliuska atua na USA14, no Bairro Marina.
           # Se os CUBANOS ainda predominam, na nova etapa do ‘Mais Médicos’, lançada neste ano, OS BRASILEIROS LIDERAM AS INSCRIÇÕES;
·         # Frieza do médico é queixa comum entre pacientes;
·         # Exame de avaliação REPROVA mais da metade dos jovens em SP, mas não impede ninguém de exercer ofício;
·         # O Brasil precisa melhorar a quantidade dos médicos, mas também precisa de um número maior desses profissionais;
·         # O país conta hoje com cerca de 1,8 médico por mil habitantes e o governo federal trabalha com a ideia de chegar a 2,5 por mil;
·         # A carência é sentida principalmente por prefeitos e governadores, que não conseguem manter um quadro de profissionais compatível com a demanda e com seu orçamento;
·         # O perfil do médico do século XXI é aquele capaz de manter permanentemente atualizado e de trabalhar articuladamente com uma equipe multiprofissional e com outros setores da sociedade, investindo na promoção e proteção da saúde, de modo integrado ao meio ambiente e às sociedades.

      Do Caderno Especial da Folha de São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário