Orgulho!

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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Queremos um mundo em que o homem aprecie a natureza, [...]

"Queremos um mundo em que o homem aprecie a natureza, 
viva cercado por ela e admire a castanheira, viva, na floresta, 
não como uma bela tábua em sua casa".


       

José Clàudio e uma gigantesca castanheira

Enterro de José Cláudio e Maria
HÁ QUASE QUATRO ANOS

        Em 24 de novembro de 2011, o casal de líderes extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foi executado na cidade de Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, cidade a 390 quilômetros de Belém.
        A suspeita recaiu sobre madeireiros da região. José Cláudio era considerado sucessor de Chico Mendes, em referência ao líder dos seringueiros do Acre, morto em 1988 por sua defesa da Amazônia.

Enterro de Chico Mendes (1988)
        O casal havia acabado de sair do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, localizado a cerca de 50 quilômetros da sede do município de Nova Ipixuna, quando foi cercado em uma ponte por pistoleiros.
        O casal vinha recebendo ameaças de madeireiros desde 2008. Desconhecidos costumavam rondar a residência do casal disparando vários tiros para tentar intimidá-los. José Cláudio da Silva era um dos principais defensores da preservação da floresta amazônica após a morte de Chico Mendes e constantemente fazia denúncias sobre o avanço ILEGAL na área de preservação onde trabalhavam madeireiros para extração de espécies como castanheira, angelim e jatobá.

"Vivo da floresta, protejo ela de todo jeito. Por isso eu vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque eu vou pra cima, eu denuncio os madeireiros, eu denuncio os carvoeiros e por isso eles acham que eu não posso existir".

"A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes querem fazer comigo. A mesma coisa que fizeram com a Irmã Dorothy querem fazer comigo. Eu estou aqui conversando com vocês, daqui um mês vocês saber a notícia que eu desapareci. Me perguntam: tenho medo? Tenho, sou um ser humano, mas o meu medo me cala. Enquanto eu tiver força pra andar eu estarei denunciando aqueles que prejudicam a floresta".

A freira estadunidense, Dorothy Stang jaz em meio a uma trilha na floresta, covardemente assassinada (2009)

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