Orgulho!

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

UM SONETO, DE SÉRGIO LEZAMA


Foto: partindo de Cusco, foto de Liane Schmidt
SONETO

Outrora as narrativas de aventuras
Acendiam no céu dos meus enganos
Um estendal de sustos imaturos
E eu via Deus em cada meu irmão.

Hoje a pureza que fugiu da técnica
Dilatou a área do meu sonho:
- Bruscos se tornaram meus adeuses
Meus risos gargalham relatórios.

Que mulher correria ao meu encontro?
Se as minhas mãos – tecelãs do infinito –
Envelheceram na prisão dos bolsos...

Milagres não florescem sobre a terra
E do alto do céu que reinventei
Cai apenas a chuva e um frio silêncio.

Sérgio Lezama (1930/1966).
Poeta nascido em Cachoeira do Sul

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