Orgulho!

Orgulho!

quinta-feira, 21 de julho de 2016

ONDAS BÁRBARAS

INVASÕES BÁRBARAS

Delicada escultura etrusca
PRIMEIRA ONDA
Séculos III, IV e V

Ao longo do século IV, os povos germânicos que habitavam o norte da Europa invadiram o território romano, atraídos pelas terras férteis e mais quentes do sul. Aproveitando-se das dificuldades que os romanos tinham para defender suas fronteiras. Eram também pressionados pelos hunos - guerreiros mongóis que se destacavam pela destreza e ferocidade nos combates -, que se deslocavam por seu território.
VISIGODOS, FRANCOS, BORGÚNDIOS, ANGLOS, SAXÕES, entre outros povos, começaram a romper as fronteiras e a fragmentar o território controlado pelo outrora poderoso Império Romano.

Padrões culturais diferentes, hábitos considerados brutais, conhecimentos científicos e tecnológicos baixos, assim eram vistos os bárbaros pelos romanos.

Em 406, vândalos, suevos, alanos e quados invadiram o território romano. Os vândalos cruzaram a Gália, atravessaram a península Ibérica e atingiram a África onde formaram o Reino dos Vândalos, sob a chefia de Genserico, com capital em Cartago. Em 455 chegaram a saquear Roma. Os burgúndios fundaram seu reino no vale do Rio Ródano, em 443. Anglos, saxões e jutos estabeleceram-se na Bretanha. Os francos fixaram-se na Gália do norte.

Após inúmeras invasões, os romanos controlavam somente a península Itálica; os demais territórios do Império Romano do Ocidente eram agora controlados pelos povos invasores, declarados aliados.

Em 476 aconteceu o ocaso do Império, quando o rei hérulo Odoacro depôs o último imperador romano, Rômulo Augústulo.
A Europa cai num abismo e retroage.

SEGUNDA ONDA
Séculos VIII e IX

Após as invasões germânicas na transição da Idade Antiga para a Média, assimiladas a cultura e religião romanas, foi a vez dos árabes. Bloqueando o Mar Mediterrâneo, invadiram a Península Ibérica isolando-a do resto do mundo.

Mesquita de Córdoba, Espanha
A insegurança foi a tônica do sul da Europa obrigando o norte a isolar-se o que não impediu a invasão dos normandos, deixando a Europa em pânico.
Jóia viking

Os normandos ou vikings (suecos, dinamarqueses e noruegueses) foram empurrados por uma superpopulação, cultura de guerra, rivalidades nativas para atacar o litoral da Grã-Bretanha, Astúrias, Portugal, Ilhas Baleares, Irlanda, Islândia. Os vikings noruegueses chegaram à Groenlândia (982). Os vikings suecos partiram em direção à Europa Oriental (Rússia) onde entraram em contato com populações eslavas. Instalaram-se com seus barracões de comércio, os gorods, nas proximidades de Novgorod.
Escritas medievais em folha de bétula provenientes
de Novgorod, uma das mais antigas cidades russas.

Além de conquistarem a Inglaterra e se fixarem na Rússia, os normandos se estabeleceram também na França e na Itália. 
A história das invasões não estaria completa sem os húngaros e os eslavos. As tribos magiares (húngaras), formadas de povos nômades das estepes, ocupam a região do médio Danúbio. Entre 899 e 955 realizaram várias ofensivas contra o Ocidente, atacando a França oriental e ocidental, a Itália, a região da Lorena, a Borgonha, a Espanha e o Império Bizantino.

TERCEIRA ONDA
Na Alemanha
Século XX

Ao lado dos portugueses, iugoslavos e italianos, os turcos chegaram ao país nas décadas de 1960 e 1970, para trabalhar nas fábricas e construções, ajudando a reerguer a economia alemã destroçada pela Segunda Guerra. Via de regra, eram trabalhadores braçais, com baixo nível de instrução.



Trabalhadores chegando, filhos frequentando a escola

O termo Gastarbeiter lembra a natureza do "convite": cumprir sua função e depois retornar ao país de origem, sem fincar raízes. Não obstante, o governo alemão procurou suprir o mínimo indispensável de integração, através de cursos do idioma alemão e atividades. sociais. Tudo sem muita convicção nem know-how, diga-se passagem, e com sucesso discutível.

E os trabalhadores "convidados" acabaram ficando. E de lá para cá não somente a Alemanha, mas a imensa Europa tem recebido e cada vez mais imigrantes, refugiados, aventureiros e toda sorte e perfil de estrangeiros que vão se acomodando como podem e conseguem, caso não sejam expulsos por terem seus pedidos negados.

As causas são anteriores à destruição dos governos do Iraque, da Líbia, do Afeganistão e da guerra civil síria. Acontece que a transposição de árabes e africanos vinha acontecendo metodicamente, lenta e gradualmente.

Como ficará a Europa daqui pra frente, não faço a mínima ideia. Haverá uma descaracterização étnica, cultural, religiosa, também não sei responder. O que sei é o que vejo. As capitais europeias, especialmente algumas delas, já possuem uma diversidade impressionante. Os cidadãos autênticos estão virando avis rara, outsiders em sua própria terra, abrindo um espaço enorme para pessoas de tudo que é canto, jeito, língua, tradições, costumes e ritmos.

É o que pode perceber nas fotografias que postei e que são todas relativas ao fenômeno atual.

QUARTA ONDA
Da segunda metade do século XX em diante

O futuro não pertence mais aos genuínos europeus da gema. As mudanças estão a caminho. É a QUARTA ONDA!
























Fontes de pesquisa: diversas


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